Em janeiro de 2013, depois de duas semanas estudando inglês e passeando em Vancouver-CA, sob frio intenso, minha filha e eu chegamos a Orlando, na Flórida-EUA, para conhecer um pouco a cidade e os parques da Disney.
Ao fazer a reserva, tínhamos visto o hotel Double Tree by Hilton at Sea World no site, via internet. Mas “ao vivo” foi muito melhor. O hotel está situando em uma grande área verde, com lagos, fontes, esquilos e flores. As acomodações ficam em uma torre, e em outras sete construções de dois andares. Nosso quarto ficava no edifício 6.Os atendentes da área externa do lobby vestem-se em estilo colonial inglês do séculos 19, como em um safári.
Mesmo sendo época de inverno, o clima estava ameno, ensolarado. O maior encantamento, porém, deu-se ao adentrar o enorme lobby do hotel, de pé direito altíssimo, decorado com palmeiras e ventiladores de teto inclinados. Tudo, desde a fachada externa, evoca antigos filmes de aventura na África.E então, quando as portas se abriram, um aroma delicioso emanou daquele ambiente exótico! Também um moço moreno lindo e sorridente estava a postos para receber os hóspedes na entrada do lobby. Depois do check-in, recebemos um regalo, o “melhor cookie do mundo”, delícia! Todos esses elementos, mas em especial aquele cheiro particular, limpo, bom, misterioso e único, nos causaram grande encantamento, uma sensação de indescritível felicidade, como se, finalmente, tivéssemos chegado ao paraíso !
- O ano era 1999. Trabalhava em multinacional cuja sede ficava próxima ao Morumbi em São Paulo. Ia com frequência à matriz e almoçava no shopping.
Certa vez, ao entrar num dos andares, fui atraída de forma hipnótica por um ‘aroma’ que me enfeitiçou. Dirigi-me ao guarda, para saber de onde vinha, e ele me orientou até o local. Lá chegando, me deparei com a loja Les lis Blanc, marca nova pra mim. Naturalmente achei tudo lindo e me estendi além do horário disponível, tendo comprado o equivalente ao querido salário bruto da época. Este tipo de comportamento era e impensável para mim. Agir por impulso em relação a gastos nunca fez parte do meu perfil.
Coloquei as compras em sacola plástica fechada, e, ao chegar em Porto Alegre, tapei as venezianas da porta do guarda roupas e coloquei as peças em capinha plástica, lacrando com fita crepe…enfim, fiz o que era possível para não perder o cheirinho das roupas…
Sempre que queria me sentir ‘poderosa’ usava as roupas perfumadas, compradas na ocasião. Com o passar do tempo, o cheiro se foi, mas eu continuava a afundar o rosto nas peças, tentando resgatar as emoções daquele momento único, acontecido no shopping.Quase 10 anos depois, estudando o assunto, entendi o que ocorrera: fui fisgada pelo nariz!… mais uma feliz ‘vítima’ da estratégia olfativa Les lis Blanc! O aroma da marca desencadeou em mim reações emocionais tão poderosas, que tiveram o pode de mudar um comportamento que eu julgava já ‘bem definido’.
E, desde então, o vínculo emocional e afetivo estabelecido com a marca ficou cada vez mais forte!
Eu sempre gostei de cheiro bom. Quem não gosta? Mas não sabia que pudessem me marcar tanto a ponto de se tornarem referência para as lembranças da minha infância.
Tenho várias lembranças do tipo, mas a mais marcante é esta: eu tinha aproximadamente 8 anos, de férias com a família nas praias do RS, quando conheci o então namorado da minha tia… alto, bonitão, tipo galã de novelo, engraçado, querido, super atencioso comigo, e, …cheiroso. Muito cheiroso! JAZZ, era o nome do cheiro tão bom!
Ao retornar de férias, entendi porque aquele cheiro do novo tio tinha sido tão marcante… era o mesmo cheiro do vizinho de porta do apartamento, aonde morava… lindo, mais velho anos, sempre tão educado com a criança que o idolatrava, e já tao “entendida” de perfumes masculinos… não hesitei em perguntar o nome do perfume e descobri a coincidência.
- Em recente viagem à Portugal, tivemos a oportunidade de experimentar o carinho dos portuguêses, quando de nossa hospedagem no hotel Palácio das Cardosas, da rede Internacional, que fica cidade do Porto.
O hotel era aromatizado com uma fragrância exclusiva, extremamente aconchegante e agradável, que tornava seus ambientes lugares únicos, dos quais não se queria sair.
Os itens de uso pessoal, que o hotel orecedia, também levavam o mesmo aroma.A cada dia, recebíamos, em nosso quarto, uma dica de algo interessante a fazer na cidade ou uma surpresa, demonstrando a constante preocupação com noss conforto, bem estar e desfrute de nossa estadia.
O aroma nos encantou tanto, que tentávamos buscar em nossa memória olfativa, quais elementos teriam um cheiro tão especial. Certa noite, nos aguardava no travesseiro, um mimoso cartão, descrevendo os componentes, que eram usados pelos antigos gregos para proporcionar uma repousante e bela noite de sono.
De toda a viagem, a recordação mais querida que guardamos, foi deste hotel, por causa do aroma.