Lílian Regina Xavier

compartilhe2O ano era 1999. Trabalhava em multinacional cuja sede ficava próxima ao  Morumbi em São Paulo. Ia com frequência à matriz e almoçava no shopping.

Certa vez, ao entrar num dos andares, fui atraída de forma hipnótica por um ‘aroma’ que me enfeitiçou. Dirigi-me ao guarda, para saber de onde vinha, e ele me orientou até o local. Lá chegando, me deparei com a loja Les lis Blanc, marca nova pra mim. Naturalmente achei tudo lindo e me estendi além do horário disponível, tendo comprado o equivalente ao querido salário bruto da época. Este tipo de comportamento era e impensável para mim. Agir por impulso em relação a gastos nunca fez parte do meu perfil.

Coloquei as compras em sacola plástica fechada, e, ao chegar em Porto Alegre, tapei as venezianas da porta do guarda roupas e coloquei as peças em capinha plástica, lacrando com fita crepe…enfim, fiz o que era possível para não perder o cheirinho das roupas…
Sempre que queria me sentir ‘poderosa’ usava as roupas perfumadas, compradas na ocasião. Com o passar do tempo, o cheiro se foi, mas eu continuava a afundar o rosto nas peças, tentando resgatar as emoções daquele momento único, acontecido no shopping.

Quase 10 anos depois, estudando o assunto, entendi o que ocorrera: fui fisgada pelo nariz!… mais uma feliz ‘vítima’ da estratégia olfativa Les lis Blanc!                        O aroma da marca desencadeou em mim reações emocionais tão poderosas, que tiveram o pode de mudar um comportamento que eu julgava já ‘bem definido’.

E, desde então, o vínculo emocional e afetivo estabelecido com a marca ficou cada vez mais forte!

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